sábado, 26 de fevereiro de 2011

O que não se explica

Lembro-me daqueles dias em que, de férias com os amigos, íamos para a praia por volta das dez da manhã, e regressávamos para as tendas de campismo só depois de ver o pôr-do-sol (por volta das nove da noite). As cores eram sensacionais! Laranja-avermelhado a tocar na cor de prata do mar.
Só depois de todo este espectáculo, e ainda com sal colado ao corpo cansado de tanto sol, é que o pessoal se dirigia para o parque de campismo para tomar banho e preparar algo para comer (entenda-se por esparguete com atum :) Ou salsichas!).

Uma das razões pelas quais o dia, aqui, na Tailândia passa tão devagar e ao mesmo tempo tão depressa, é que o sol põe-se às seis e meia da tarde, e como os mosquitos adoram devorar carnuça a essa hora, toca a arrumar a trouxa para regressar rapidamente aos bungalows. Em meia horita (vá, uma hora) estamos prontos para procurar um sítio para jantar. No ano passado, quando estivemos em Koh Chang, chegámos a deitar-nos às sete da tarde por não haver nada para fazer, a não ser, ser-se comido pelos mosquitos.
Claro, que os mosquitos são apenas uma das pequenas desvantagens em passar férias por estes lados. Desvantagem essa que acabamos por esquecer, mesmo quando no dia seguinte passamos o dia a coçar as pernas até fazer ferida. Desta vez, até se têm portado melhor, os mosquitos. Só me têm atacado enquanto durmo, e sem me acordar :D

Hoje foi daqueles dias que passei umas quatro horas na praia e ainda lá continuava por mais duas... Como é que se explica a uma pessoa do norte da Europa esta sensação maravilhosa, de passar o dia deitada na praia sem fazer nada? Sem planear nada? Apenas a ouvir o mar e a sentir a areia nos pés...

Alguém já me respondeu: "Ana, não se explica."

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011


Um dia estes lindos pezinhos estarão juntos numa praia paradisíaca, algures na Tailândia. Ou na Indonésia. Ou no Brasil... Nas Maldivas é que não, que eu ouvi dizer que aquilo é só para quem pode (* * * * * = € € € € €)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não tenho dinheiro mas tenho braços!


Khao Lak foi dos sítios mais afectados pelo Tsunami de 2004.

Sem emprego e sem dinheiro, mas com tempo de sobra por Khao Lak, a minha intenção foi, desde sempre, oferecer-me como voluntária numa ONG local (cheguei mesmo a enviar candidatura à qual ainda hoje espero resposta). Finalmente tinha chegado a oportunidade de ajudar uma comunidade, que tanto sofrera.

Desilusão das desilusões, quando me apercebi que para se ser voluntário, p.ex. na escola que fica a 100 metros onde estamos alojados, tem de se "pagar". Ou seja, para seres professor voluntário, tens de fazer uma doação e só depois é que podes ensinar. Não é que não perceba que as doações sejam parte determinante para o sucesso de uma ONG, principalmente tratando-se de uma escola, onde são necessários materiais escolares para os alunos. Agora, o que não entendo é este "caminho único": se queres ser voluntário, paga. Porque não posso pagar com o meu trabalho?
Ora eu, desempregada e entretida com ginásticas financeiras, não me passa pela cabeça ir pagar para trabalhar de borla. Trabalharia de borla com todo o prazer, a ajudar o Outro. Agora, pagar para o poder fazer...? E com que dinheiro?
É triste... Querer e poder fazer algo por uma comunidade que tanto sofreu, e não poder. Por não se ter dinheiro :/ É triste... Verificar que a palavra voluntariado já teve, em tempos, outros significados...

Ao que parece vou ter de me conformar com as minhas idas diárias à praia, apanhar banhos de sol e de mar.
É que nem como voluntária me querem a trabalhar! Bolas... Há qualquer coisa que o universo me quer dizer e que eu ainda não percebi :)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Definitivamente, Segunda-feira.

(chat)

R.: Oi linda

me: Oi lindo

R.: Andar de comboio é tipo caca

me: Chama-se U-Bahn, R.. Ou S-Bahn. De que andaste tu??

R.: Ambos

R.: Olha, vais empacotar tudo hoje? Para ver o que ainda posso meter na tua mala?!

me: "empacotar"???? Oh meu amigo... Diz-se: “fazer as malas”!!!!! Que eu não vou enviar nada pelo correio!!!!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Anita na Tailândia - parte 2


E vai a ver-se, estou de malas feitas para ir para a Tailândia, com voo já na próxima 3ª-feira. É isso mesmo: vou viver para a Tailândia.

Mas volto em Abril :) que é quando o sol brilha de novo em Hamburgo. Para aqueles que estavam a pensar em nos visitar no Carnaval, aqui a Hamburgo, adiem lá esses planos, porque não será este ano que o festejamos juntos.

Sim, viveremos numa cabana, quase à beira mar. E teremos todos os dias sol e calor. E paisagens maravilhosas. E depois, vamos voltar a sentir aquela sensação “NÃO QUERO VOLTAR PARA CASA!!“.

Se a coisa correr bem na Tailândia, ainda fico mas é por lá a vender cocos na praia.
“Olha o coooooco! É para a menina e para o bacooooco!”

Na véspera da minha partida para a Tailândia ainda vou a uma entrevista de trabalho, numa empresa do ramo da energia eólica (tudo a torcer por mim depois de amanhã, ok? ‘Brigadinha).

Prometo manter-vos a par das nossas aventuras. Fotos não irão faltar e tempo para as mandar também não :) Mas desengane-se quem pensa que vou andar a passear por toda a Tailândia. Bem gostaria mas como todos sabemos, “quando se tem dinheiro, não se tem o tempo, e quando se tem o tempo, não se tem o dinheiro”… ;)

Claro que vou estar on-line, por mail ou aqui.

Bom, bjs até qualquer dia!

Ana


p.s.: Hmm… Ora aí está uma boa ideia: aprender tailandês.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ensino no ano 2045

Muito bom! Aqui.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Jornalismo sério sobre Portugal


Nesta altura do campeonato, em que a Europa está em crise, o que vende mesmo são palavras como "miséria" e "fome". Por isso, nem interessa se a pessoa não disse essas palavras nesta entrevista, onde (minuto 0:33) em português se ouve a senhora a dizer “… pessoas que têm de pagar infantários, e outras situações, e não há dinheiro“ e o jornalista alemão traduz para “pessoas que não conseguem pagar o infantário e até passam fome“, e onde (minuto 1:04) em português se ouve o senhor dizer “…a minha terra é Coimbra…“ e o jornalista traduz para alemão “e agora passo fome“.

Isto é que é jornalismo* a sério!

Parece que estou a ver o P., o nosso amigo “emigrante na França”, a contar que por lá se pensa que Portugal está como há 40 anos atrás porque as reportagens que passam sobre o nosso país têm sempre como personagens senhoras do campo, de uma certa idade, que já não têm pachorra para fazer o buço :)

* "Jornalismo é a actividade profissional que consiste em noticiar dados factuais e divulgar informações sob a forma de som, texto ou imagem. Outra definição possível de jornalismo é a prática de coligir, redigir, editar e publicar informações sobre eventos da actualidade." (Usei a Wikipedia já que no dicionário Priberam é apenas definido como Profissão ou actividade de jornalista.)

Ciência


Assim, sim. Começa-se bem o dia, com uma óptima disposição para os desafios que nos aparecem. O importante é mesmo “não perder o fio à meada”.

Aqui, no "Câmara Clara" da RTP2 sobre "Os Portugueses e a Ciência", com Maria Mota e Carlos Fiolhais.