quinta-feira, 11 de março de 2010
E assim vai o mundo II
A N. é colombiana. Um amor de "cachopa" como se diz na terra do meu pai.
No outro dia contou-me que tinha um encontro marcado com um rapaz alemão por quem achava que estava a começar a gostar a sério.
Passados uns dias perguntei-lhe como tinha corrido o encontro, ao que ela me respondeu "correu bem!".
Eu: - "Então e já são namorados a sério?"
N.: - "Isso ainda não sei..."
Eu: - "Então, porquê?"
N.: - "Ele ainda não me perguntou!"
Eu: - "Hmm... Olha que eu acho que nem vai perguntar. Isso, por aqui já não se usa."
N.: - "Mas na Colômbia, o rapaz tem de perguntar! Só assim é que realmente a rapariga sabe que são namorados!"
Eu: - "Mas aqui é diferente. Ele não sabe como é na Colômbia! Porque não lhe contas, assim, para lhe dar a dica..."
N.: - "EU?! Ele é que tem de saber! Eu não lhe vou explicar nada... E aliás, se ele não me perguntar, eu continuarei "oficialmente" sem namorado. Poderei fazer o que me der na gana com quem eu quiser, entendes?"
Eu, para os meus botões, "Isto é que está aqui uma açorda..."
Imagem daqui.
Möchten Sie einen Kaffee?
Eu não me posso queixar da empresa para a qual trabalho. Hoje trabalho em casa porque o técnico da máquina de lavar roupa que está estragada ficou de aparecer entre as 10h e as 14h. Ora, este horário "mata" logo qualquer dia de trabalho... Assim, pedi ao meu chefe para trabalhar em casa (bendita internet!). Ao que respondeu que sim. Ok, um problema estaria resolvido: não terei de tirar um dia de férias por causa disto.
Viria o segundo problema: o R. foi até NY a trabalho durante esta semana. O R. é quem costuma lidar com este tipo de situações já que fala bem melhor que eu alemão " 'Tou tramada, agora... Aparece-me aí um técnico alemão, desata a metralhar sobre isto e aquilo da máquina, e eu vou abanar a cabeça para cima e para baixo, assino um papel qualquer onde confirmo que cá esteve, vai-se embora e sei lá eu o que acabei de assinar...".
Chega o senhor. Dirige-se à máquina de lavar roupa. Pergunto se quer um café. Responde-me que sim, que aceita. Pergunta-me se sou portuguesa. E eu, "Sim. Mas como sabe?". "É que eu também sou português!". "Aaahhh!!!...", penso para comigo, "os anjinhos realmente não dormem em serviço!...".
Foi um prazer enorme poder falar com o senhor. Depois do assunto da máquina resolvido, e na companhia de um cafezinho, lá demos "um dedo de conversa". Uma simpatia de pessoa. Disse-me que está para breve o seu regresso a Portugal. Já tem a casinha na aldeia pronta. "A Alemanha já não é o que era", diz-me. "Agora, trabalha-se para ganhar o suficiente para pagar as contas ao fim do mês. E, e..."
Foi mesmo um prazer. Volte sempre, Sr. G.! Pelo menos enquanto por cá andar.
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