quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Missão impossível? Nada disso!
Ainda antes de receber a carta de despedimento, já me “cheirava” que a tal crise iria sobrar para mim: o trabalho envolvido no projecto de investigação onde trabalhava não justificava as duas pessoas, eu e a minha colega. Uma de nós, mais cedo ou mais tarde, iria ser dispensada (para além da empresa de construção que estavam a tentar criar, motivo principal para a minha contratação, não ter ido para a frente).
Sobrou para mim.
Desde esse dia (meados do mês de Março) e hoje já foram dispensados uns 20 trabalhadores daquela empresa. Ao que parece, actualmente, aquele open-space que me acolheu lá para os lados de Harburg, mais parece um espaço fantasma (segundo relatos de ex-colegas com quem mantenho contacto).
A verdade é que o trabalho envolvido no tal projecto não era muito. Digamos que foram vários os dias que passei naquele open-space a contar as horas para ir para casa. Sim, sim… Também eu pensei que era o sonho de qualquer um: passar quase 8 horas num local com acesso à Internet e no fim do mês pingar um salário de... Vá, de respeito :)
Acreditem, não é.
Tinha decidido, mesmo antes de receber a “tal carta”, que se a minha situação no trabalho não se alterasse (se continuasse naquela pasmaceira) que iria mesmo pedir a demissão e ir à minha vida. E até já sabia qual era o caminho que quereria abraçar: energias renováveis.
E assim, foi: fui despedida e passado um mês estava a tratar da papelada para fazer, mais uma vez, formação profissional. Decidi pela formação em energia solar e energia eólica.
Meses passaram-se até eu ter em mãos o certificado (da formação) que precisava para colocar no CV e que iria apresentar às empresas aquando da minha candidatura.
“Meses passaram-se”… Escrito assim até parece que foi coisa fácil… Passo a explicar o que se passou durante esse tempo: dois meses de formação na língua alemã :) incluindo apresentações dos projectos desenvolvidos nas aulas; aperfeiçoamento do CV em alemão; aperfeiçoamento da carta de apresentação em alemão; preparação de um flyer com o meu CV (merece um post); preparação de cartões de visita; estudo das empresas no mercado das energias renováveis; candidaturas; espera pelas respostas das empresas às minhas candidaturas; ah! E espera pelo fim do subsídio de desemprego :S
Falemos em números: SEIS meses passaram.
É um processo de aprendizagem, principalmente sobre a nossa pessoa: quem somos? O que procuramos? O que nos faz sentir feliz num trabalho? O que não aceitamos de certeza?
Aprendi que é necessário responder a várias perguntas como estas. Porém, é essencial que sejamos honestos connosco, porque se não acreditarmos no que pensamos saber sobre nós, nenhuma empresa acreditará ao ponto de nos oferecer trabalho. Ou, se acreditar, mais cedo ou mais tarde perceberão que a pessoa que contrataram não é aquela que esteve na entrevista.
Duas entrevistas, duas propostas interessantes de trabalho.
A decisão já foi tomada pela minha parte e começarei em Novembro a dimensionar torres eólicas aqui, em Hamburgo.
Nunca pensei que o processo para arranjar trabalho fosse tão rápido… Mas consegui, mesmo em boa hora já que o subsídio de desemprego acaba este mês!
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Muitos Parabens, Ana! Tudo a correr bem! E agora que o fim-de-semana
ResponderEliminaresta ai, vamos comemorar! ;-)
Beijinhos!!
E um trabalhinho para um gaijo ( eu ) a desenhar em CATIA V5?
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