segunda-feira, 29 de agosto de 2011
O mundo nas mãos
É verdade que não nos ensinam a "vender o nosso produto" num curso superior, nem pouco mais ou menos. Muito menos a perceber "qual é o nosso produto". Tudo o que é dito neste vídeo é totalmente verdadeiro.
A minha vinda para a Alemanha e a minha vontade de encontrar um trabalho como engenheira civil, aqui, fez-me aprender mais sobre mim do que todos os anos em que estive na universidade. Porque tive de perceber por mim, o porquê da minha estratégia para me manter no mercado de trabalho alemão, não estar a resultar: era convidada para entrevistas (por isso, o problema não estava no meu CV) mas não conseguia "aquele trabalho". Depois de muito bater com a cabeça, de muitas portas se fecharem (leia-se oportunidades), de muito ler e pesquisar na internet, de muito reflectir sobre mim, percebi finalmente "que produto era eu". Ou seja, como posso adicionar valor numa empresa alemã.
No dia em que disse para mim mesma "Ana, tu és directora de obra, não só porque tens jeito para isso, como é nessa função que se sentes realizada profissionalmente", senti o mundo nas mãos :)
domingo, 21 de agosto de 2011
"Queres lá ver que levas com a bengala?"
Foi em grande festa que nos despedimos da mota da tia. Durante quarenta anos foi "as suas pernas quando queria ir a algum lado", dizia ela. Agora, há que se habituar às novas que recebeu e voar! (*)
Depois de vinte cinco anos, lá obtivemos autorização para conduzir a tão famigerada mota. Houve quem se atrevesse, em tempos, em roubá-la à socapa quando a tia se encontrava distraída... Mas normalmente, quando os ladrões regressavam do seu passeio, eram recebidos com umas quantas bengaladas. Desta vez conduzimo-la e sem bengaladas à mistura :)
As férias de Verão não eram férias de Verão sem passar uma temporada em sua casa, lá na aldeia. O ponto alto era, para além das cabanas que nos deixava construir à volta da tangerineira e dos feijões-verdes que nos deixava plantar no seu quintal, viajar de mota até à mercearia ou até à igreja. E éramos muitos em cima daquela máquina! No banco ao lado da tia, a minha irmã comigo ao colo, na "mala da mota" encaixava-se um ou dois primos e, de pé, com os pés apoiados na "mala" e seguros ao banco, os mais velhos (que eram os mais fortes e capazes de se segurar bem).
Eram, portanto, umas férias em grande!
(*) E sem barulho nem fumo a envolvê-la pois aquela mota era um verdadeiro atentado ao meio ambiente...
Depois de vinte cinco anos, lá obtivemos autorização para conduzir a tão famigerada mota. Houve quem se atrevesse, em tempos, em roubá-la à socapa quando a tia se encontrava distraída... Mas normalmente, quando os ladrões regressavam do seu passeio, eram recebidos com umas quantas bengaladas. Desta vez conduzimo-la e sem bengaladas à mistura :)
As férias de Verão não eram férias de Verão sem passar uma temporada em sua casa, lá na aldeia. O ponto alto era, para além das cabanas que nos deixava construir à volta da tangerineira e dos feijões-verdes que nos deixava plantar no seu quintal, viajar de mota até à mercearia ou até à igreja. E éramos muitos em cima daquela máquina! No banco ao lado da tia, a minha irmã comigo ao colo, na "mala da mota" encaixava-se um ou dois primos e, de pé, com os pés apoiados na "mala" e seguros ao banco, os mais velhos (que eram os mais fortes e capazes de se segurar bem).
Eram, portanto, umas férias em grande!
(*) E sem barulho nem fumo a envolvê-la pois aquela mota era um verdadeiro atentado ao meio ambiente...
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
My hero!
E quem faz uma maratona, faz um Homem-de-Ferro 70.3 (o chamado "meio Homem-de-Ferro"). Mas para isso, há que treinar e ver se se está em forma num...Triatlo!Um triatlo (distância olímpica) compõe-se por 1,5 km de natação, 40 km de bicicleta e 10 km de corrida. Nada de especial, portanto...
Porém, especial, especial, é o Homem-de-Ferro 70.3 - 1,9 km de natação, 90 km de bicicleta e 21 km de corrida. Principalmente depois de se fazer uma maratona e um triatlo, dois meses antes e uma semana antes, respectivamente. Isso, sim! É de Homem. E de Ferro!
E já está feito, como mostra a imagem :D
Maratona em Hamburgo
O ser humano é fantástico, principalmente quando se predispõe a fazer coisas extraordinárias.
Uma maratona são 42 km. Na maratona de Hamburgo deste ano houve quem os corresse em 2h11m e quem os corresse em 6h35m.
Não é apenas uma competição. É uma festa onde, atletas profissionais e os apaixonados pela corrida, se juntam por um desafio comum: correr uma maratona. Claro que cada um define os seus objectivos num desafio deste tipo: ser o primeiro ou chegar à meta ou acabar em menos de 3h30m ou, até mesmo, não ser o último :) E desengane-se quem pensa que é apenas para gente jovem. É sim, "para quem pode" (quem está preparado fisicamente!): jovens, velhos (até um senhor de 80 anos participou este ano!), homens, mulheres, deficientes motores.
Mesmo não se conhecendo os atletas, quem faz parte do público, sente uma certa obrigação e felicidade (!) em aplaudir os que correm. O público aplaude (e chama pelos nomes que vêem escritos nas camisolas dos atletas) por respeito, por admiração. Admiração por todos aqueles que tiveram coragem de se submeterem ao desafio. E vê-los chegar à meta, é muito bom!
Palavras para quê? Aqui ficam algumas imagens:
P.s.: Obrigada R., por partilhares a tua vida comigo.
Uma maratona são 42 km. Na maratona de Hamburgo deste ano houve quem os corresse em 2h11m e quem os corresse em 6h35m.
Não é apenas uma competição. É uma festa onde, atletas profissionais e os apaixonados pela corrida, se juntam por um desafio comum: correr uma maratona. Claro que cada um define os seus objectivos num desafio deste tipo: ser o primeiro ou chegar à meta ou acabar em menos de 3h30m ou, até mesmo, não ser o último :) E desengane-se quem pensa que é apenas para gente jovem. É sim, "para quem pode" (quem está preparado fisicamente!): jovens, velhos (até um senhor de 80 anos participou este ano!), homens, mulheres, deficientes motores.
Mesmo não se conhecendo os atletas, quem faz parte do público, sente uma certa obrigação e felicidade (!) em aplaudir os que correm. O público aplaude (e chama pelos nomes que vêem escritos nas camisolas dos atletas) por respeito, por admiração. Admiração por todos aqueles que tiveram coragem de se submeterem ao desafio. E vê-los chegar à meta, é muito bom!
Palavras para quê? Aqui ficam algumas imagens:
P.s.: Obrigada R., por partilhares a tua vida comigo.
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