Foi em grande festa que nos despedimos da mota da tia. Durante quarenta anos foi "as suas pernas quando queria ir a algum lado", dizia ela. Agora, há que se habituar às novas que recebeu e voar! (*)
Depois de vinte cinco anos, lá obtivemos autorização para conduzir a tão famigerada mota. Houve quem se atrevesse, em tempos, em roubá-la à socapa quando a tia se encontrava distraída... Mas normalmente, quando os ladrões regressavam do seu passeio, eram recebidos com umas quantas bengaladas. Desta vez conduzimo-la e sem bengaladas à mistura :)
As férias de Verão não eram férias de Verão sem passar uma temporada em sua casa, lá na aldeia. O ponto alto era, para além das cabanas que nos deixava construir à volta da tangerineira e dos feijões-verdes que nos deixava plantar no seu quintal, viajar de mota até à mercearia ou até à igreja. E éramos muitos em cima daquela máquina! No banco ao lado da tia, a minha irmã comigo ao colo, na "mala da mota" encaixava-se um ou dois primos e, de pé, com os pés apoiados na "mala" e seguros ao banco, os mais velhos (que eram os mais fortes e capazes de se segurar bem).
Eram, portanto, umas férias em grande!
(*) E sem barulho nem fumo a envolvê-la pois aquela mota era um verdadeiro atentado ao meio ambiente...
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E os amigos eram sempre bem recebidos!
ResponderEliminarEm cima da mota? :D Pois eram...
ResponderEliminarEm casa, eram, sao e serao sempre bem-vindos :)