domingo, 7 de junho de 2009
Como assim, amigo??
Temos um amigo dinamarquês a quem eu chamo de Big Friend, porque para além de ter um carinho especial por ele, ele é mesmo Big, enorme, tipo Viking. Conheci Thor num encontro europeu de juventude na Dinamarca.
Numas das primeiras vezes que Thor esteve em Portugal, juntámo-nos, Thor e o grupo de tugas que se tinha conhecido nesse encontro.
Fomos até ao Bairro Alto comer num restaurante fantástico de comida sul americana. Já não me lembro bem, mas penso que o restaurante era mexicano. Thor pede um bom belo bife que, tal era o seu tamanho, apenas conseguiu comer metade.
O dinamarquês é diferente do português. O português pensa: "estou cheio mas como paguei, vou comer tudo até ao fim!". O dinamarquês, não. Ele pensa simplesmente: "Estou satisfeito. Não preciso comer mais".
O Thor, satisfeito, vendo o Tiago observar o resto do seu bife, pergunta-lhe: "Queres?", ao que o nosso amigo responde "Não".
O dinamarquês é diferente do português. Para o dinamarquês, "não" é não, e só é preciso dizer uma vez. Para o português, não. Um não, é um "talvez", um "insiste mais duas ou três vezes, que eu aceito!".
Entretanto o nosso amigo vai ao WC e a empregada dirige-se à nossa mesa e retira os pratos de quem já tinha terminado de comer, incluindo a metade do bife gigante do Thor. Quando o Tiago volta do WC, repara que a metade do bife gigante desapareceu... Bem, nunca tinha visto olhos tão arregalados na minha vida, a não ser os do Tiago quando pergunta: "Opá! Que é do resto do teu bife? Deixaste-o levar??? Ainda tinha tanto!". E o Thor, muito calmamente, responde: "Mas eu perguntei-te, se querias...". E o Tiago: "Sim, eu sei! Mas... Quer dizer... Bolas...!"
No outro dia contei esta história ao meu colega mexicano, ao que me diz o seguinte (isto tem de ser partilhado!!!!!): "Por isso é que nós, latinos, percebemos tão bem as mulheres... É que elas nunca dizem o que verdadeiramente querem. Um sim, pode ser um não, e um não um sim. Hoje querem uma coisa, amanhã outra...E nós temos jeito em lidar com essa disparidade. Os do norte da Europa, não."
Como assim, amigo???
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LOLOLOL ai que história divertida!bem apanhada a moral da história do teu colega mexicano eheheh
ResponderEliminarPois, sim... Mas, e em que é que ficamos? Terá ele razão?
ResponderEliminarOlha que eu acho mesmo que o teu amigo mexicano tem razão! E aqui estou a generalizar, atenção!
ResponderEliminarMas com as mulheres tem que se insistir "estás chateada?" "não.."
Secalhr se perguntares 3 ou 4 vezes, até está chateada...
Os homens sofrem...!
LOL
Claro que sim... Gostamos de teatrinho, de beicinho, de birrinha, de todas as coisas a que temos direito por eles não adivinharem sem nós dizermos aquilo que queremos!
ResponderEliminarEu nem espero pela pergunta - dou logo a resposta! Mas mesmo assim nao resulta... Se calhar é mesmo porque o meu B. nao é latino! :S :)
ResponderEliminarPois é meus caros amigos, na verdade não sei se é só um „problema“ português, ou se existem outras culturas afectadas pela doença da indecisão e incerteza nas respostas. De qualquer modo depois de ler este artigo, pensei:
ResponderEliminarOra porra já não me bastava a minha namorada (alemã) me ter feito reconhecer que regularmente recebe a uma pergunta a bendita da resposta „pode ser!“, ainda me vêm com esta do „não“ a querer dizer "estava a ver que nunca mais perguntavas, mas agora vou ser chato e vou dizer que não, toma! Ah, mas quero, claro."
Assim sendo sentei-me em frente a um belo café e pensei, ora se um gajo diz não a querer dizer sim, então quando digo pode ser estou a dizer..? Sei lá, se calhar:
* Faz como quiseres!
* Não estou com vontade mas pronto!
* Já que insistes!
* Até quero mas não me apetece decidir
* Sim claro era mesmo isso que queria.
Pois é, não é bem claro o que por detrás desta resposta se esconde! Mas pronto se calhar por isso é que nós somos tão inteligentes, e neste caso refiro-me aos portugueses, porque têm de estar sempre a deduzir e a pensar: "Caraças o que é que ele quer dizer? Hummm!"
Bem, se é um homem que o diz, então acho que podemos finalmente concordar com o meu colega. Com que então, nós (mulheres/latinos) não sabemos o que queremos...
ResponderEliminarMas pelo menos sei o que "não" quero :D Já é um começo...
Óscar: quanto à tua namorada, eu também tenho uma amiga alemã que se passa quando lhe digo "pode ser!". Tenho que lhe explicar que o significado que lhe damos é o seguinte:
* Olha... Ainda não tinha pensado nisso! Boa!
* Isso era altamente!!!
* Que fixe! E quando vai ser?
* Sim. Tinha outras coisas combinadas mas posso desmarcar para estar contigo porque prefiro!
* Pode ser! Sou livre! Posso ir onde me apetece e agora apetece-me fazer isso que sugeres, por isso, 'bora lá!