sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vou de férias!


Mal posso esperar! Ando MESMO a sonhar com SOL, CALOR, CÉU LIMPO, MAR, PRAIA, SAIAS, CAMISOLAS DE ALçAS, VESTIDOS, SANDÁLIAS... Enfim. A lista é longa.

Ao que parece, também há umas montanhas para os lados do Dubai :)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Atalhos vertiginosos da lucidez

Um texto que encontrei no blogue referido no título deste post. Fantástico este esclarecimento sobre "contas à vida na Alemanha". Eu não faria melhor!

Para os interessados, aqui fica:
http://rafaheiber.blogspot.com/2007/08/impostos-na-alemanha.html

domingo, 1 de novembro de 2009

Fado de Coimbra chega até nós

"Livramo-nos dele?"


No outro fim-de-semana fui fazer uma formação.
Enquanto esperávamos pelo instrutor, chegou um senhor na casa dos 55 (também aluno), muito... "Alegre"!
Tinha realmente problemas com álcool.

Durante o intervalo ouvi alguns comentários do género: "Foi de certeza o centro de emprego que o mandou para aqui! E de certeza que lhe estão a pagar o curso na integra!" ou "e naquela mochila devem estar garrafas de álcool, de certeza!" ou "eu topei-o logo que entrou!".
Eu também já fui ajudada pelo centro de emprego há um ano e muito agradeço por isso.

A formação era de apenas dois dias, e no fim da primeira parte do primeiro dia, o senhor foi "convidado" pelo instrutor a abandonar o curso.
Falava demais, falava alto demais, queixava-se demais. Ou era o professor que explicava depressa demais, ou era o computador que não respondia aos seus comandos, ou era o teclado que era diferente daquele que estava habituado, etc..

Era a imagem de alguém que queria vencer, o que a falta de actualização na área informática já não permitia.

Não me sai da cabeça a imagem do senhor a arrumar os seus cadernos após o intervalo, dizendo que outros compromissos tinham surgido e por isso se ia embora.

Se aquela formação não era a adequado para aquele senhor, culpa tem o estado alemão que preferiu pagar ao senhor este curso em vez de o reencaminhar para outra formação que podia ser mais útil para ele. E quando digo estado alemão, quero referir-me a TODOS os estados. É muito mais fácil para os governos entreterem o pessoal com cursos de formação do que encontrarem soluções adequadas, noutras áreas, para estes casos.

O que terá feito o senhor depois de arrumar as suas coisas? Simples, foi beber da sua garrafa mágica, com a esperança de esquecer o que a sociedade pensa dele: que já há algum tempo ele deixou de fazer parte dela.

Iluminados

O que eu gosto mesmo, assim mesmo, mesmo, mesmo, é de ouvir alguns alemães a dizerem-nos, a nós emigrantes, o seguinte: "Pois tu não percebes muito bem alemão, e o teu inglês também não é grande coisa!"
Gostava que estas pessoas conseguissem "atingir" uma coisa: nós (os emigras) comunicamos no dia-a-dia em duas línguas em que nenhuma delas é a nossa língua materna.

Queria ver os "iluminados" que mandaram estas bocas a conseguirem, sequer (!), manter diálogo de super-mercado numa terceira língua qualquer!

Ei, "Iluminados"! Abram os vossos horizontes!!!!

Hamburg by night :)


Por aqui em Hamburgo, as nossas investidas a eventos "culturais" não tem parado.
Há uns meses fui até à Dollhouse a convite de uma amiga. É sim, uma casa de striptease. De ambos os sexos. Quando entrámos no estabelecimento os meus olhos fixaram-se em pés que apareciam por cima do nível das cabeças de toda aquela clientela. À medida que avançava entre as pessoas percebi que os pés que dançavam no ar, pertenciam às meninas que faziam "table dance".
Durante uma hora estive a apreciar o "movimento" dos funcionários. Entre "table dances" e danças em diferentes palcos (principal, pequenos laterais e balcão), não havia um minuto de descanso para aquelas pessoas. À sua vez, todos os stripers preenchiam um destes locais.
Nunca tinha entrado numa casa de strip, mas a sensação com que de lá saí foi que nenhum daqueles "funcionários" tinha realmente prazer no show que fazia. Aliás, como as "table dance" não são à porta-fechada, deu perfeitamente para apreciar o quanto estavam a gostar do trabalho que faziam: num deles, em que eram duas raparigas, enquanto faziam os jogos de sedução para os clientes, apercebi-me que entre os dentes, iam falando sobre os seus planos para o dia seguinte (tomar café, fazer um piquenique, sair com os amigos). E os ditos clientes de olhos fixados para os seus "traseiros" nem uma palavra do que elas diziam, pescaram.

Esta semana, em vez de striptease, fomos até a um show de travestis no Pulverfass. Bom, pensei eu que seria só de travestis, mas enganei-me. Também houve qualquer coisa para a plateia feminina ;)
Houve espectáculo de homens vestidos de senhoras que cantavam (e muito bem!) e faziam comédia (interagindo com o público) e de rapazes com corpo de mulher (menos o órgão sexual) que dançavam e desfilavam mostrando o seu corpo.
Em ambos os casos percebi que os homens que ali se apresentaram, eram felizes quando subiam ao palco pois podiam, finalmente, ser quem realmente sentiam ser.
É disto que estou a falar.
Recomendo!