domingo, 15 de fevereiro de 2009

Neve


Hoje, o meu dia por terras alemãs começou como costuma começar: com o despertador a tocar... Levantei-me, cambaleei para o WC, tomei o banhinho e vesti-me. Aqueci o leite na nossa super panela pequena, coloquei o pozinho de Capuccino e uma colher de açúcar amarelo na chávena. Enquanto isso coloquei duas fatias de pão na torradeira e depois desta dar o seu "grito matinal" (é uma torradeira especial: segundos antes de libertar as fatias de pão para o AR, faz um barulho muito interessante e irritante. Eu chamo-lhe o "grito matinal"), barrei-as com manteiguinha... Hum...! Quuuaaseeee consigo imaginar o sabor do pão português. Quase :( ... Enquanto como, leio as páginas que restam do livro "O meu Século" de Günter Grass. Coloco a loiça suja na máquina, vou buscar as botas à "casota do cão" (eh eh, os que cá vierem terão prazer de a conhecer), calço-me. Visto a camisola de lã, o colete verde que o Pai Tó me deu, o super casaco que o R. me conseguiu convencer a comprar, e por fim o gorro e as luvas. De mochila às costas desço as escadas do prédio e procuro, como todos os dias o faço, os dois esquilos que vivem nas árvores do nosso quintal. Não aparecem... Chego à porta principal do prédio, agarro a maçaneta e puxo a maldita porta que deve pesar tanto quanto eu, e... Fico por instantes imóvel...! Caíam flocos de neve do céu!!!!! Branquinhos!!!! E já se tinham conseguido acumular em cima dos carros e tudo! ... Parecia que via nevar pela primeira vez. É mesmo um espectáculo bonito. É tão branquinha! Tão simples. Tão leve. Tão pequenina. Tão envolvente...

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