terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Finalmente, a festa!


O dia do meu aniversário começou muito cedo: às 9h começámos por tomar um cafezinho e comer um pastel de nata no café Caravela. Em Hamburgo existem vários estabelecimentos portugueses, felizmente! Quase nos sentimos em casa, não fosse o café servido do tamanho de um bombom! Por aqui, os cafés (expressos) portugueses são de tamanho ridículo!: “Desculpe, mas podia encher mais um pouco?”.

Por volta das 10h fomos até Mönckebergstrasse comprar a minha prendinha de anos: umas super botas com Gore-Tex (que impermeabiliza) e Polartec na zona envolvente dos pés. Por estas bandas a chuva e o frio é uma predominância, por isso, acho que fiz uma boa escolha. Dentro dos modelos do material dito “técnico” até que não são feias.

Depois das botas fomos até à Saturn, uma loja enorme com todo o tipo de equipamento eléctrico: 5 pisos! Fomos comprar as colunas de som, possíveis (€), que o R. demorou tanto tempo a escolher, para podermos ter música na minha festa. Serviram para a festa e já foram devolvidas pois mostraram-se serem afinal uma... * ... má compra!

Às 11h ainda nos faltava comprar umas coisitas portuguesas: 2 chouriços, tremoços, Vinho do Porto, Casal Garcia, bolachas Maria e ainda um porco de barro para assar as cheirosas chouriças!

Ao meio-dia estávamos em casa. Comemos qualquer coisa e tratámos da decoração e de arranjar a mesa com a comidinha tuga.

Antes de ir buscar o pessoal ao U-Bahn (metro) ainda conseguimos falar uns minutinhos com alguns amigos de portugal, em pleno passeio, via Skype. Descobrimos que o Espaço Comercial perto de nossa casa tem Internet wireless (à borla), mas só em alguns sítios se recebe bem o sinal... O passeio, em plena rua, é o melhor... (Agora frequentamos o Balzac Café, perto da Universidade. Sem saber, alguém anda a financiar Internet aqui ao casalinho português. É de lá que envio este mail).

Bom, a festa em si, foi gira! Todos aderiram ao programa gastronómico internacional e tivemos pratos salgados e doces:
Classificação: de * a ***** (eh eh)

POLÓNIA (Ania): tarte de maçã (um tabuleiro enorme); Pelo sabor e tamanho*****

TURQUIA (Kubre e namorado): pão turco (claro!!), a garrafa com chocolates, doces (tipo goma, que sempre quis provar em Portugal e nunca tive coragem) e vinho turco. Pela variedade e quantidade ****

CHINA (Dong Ying): hóstias de camarão (já bem conhecidas dos portugueses mas que muitos na festa nunca tinham provado), pequeninos crepes com legumes acompanhados com o molho agridoce (também já conhecido) ****

INDONÉSIA (Steven): arroz com legumes e camarões BEM temperado com Chilli (MUUUUITTTOOO Chilli); Foi o próprio Steven que cozinhou e graças a isso ainda se atrasou duas horas. Pela dedicação na confecção e sabor, aqui ficam as *****

ALEMANHA (Saskia): pasta de queijo com cebola e outros ingredientes (que não me quiseram dizer) para barrar o pão. Juntamente com esta especialidade, Saskia trouxe consigo um saquinho de sal. O sal era antigamente uma prenda valiosa (por ser rara) e sendo assim, riqueza de quem visita para quem recebe. Pela confecção e História leva *****

ALEMANHA (M. e O.): salada de batata. Batata por estas bandas é algo muito típico e vulgar. É das poucas coisas que eles conseguem produzir e que não têm de importar. Salada de batata é coisa obrigatória em qualquer menu alemão e existem mesmo prateleiras de supermercados cheias de “Kartoffel Salat” prontinhas a levar. Desta vez tive a oportunidade de provar salada de batata sem ser com molho de iogurte, mas sim com vinagre, típica da zona sul da Alemanha. Pelo sabor (muito bom) e dedicação na confecção *****

UCRÂNIA (Olga): folhado doce que coloquei na travessa de barro (portuguesa) que recebi como prenda. Complicado de cortar e não chamou muito a atenção do pessoal. Provei e era bom. Neste dia o U-Bahn interrompeu algumas linhas como a que Olga tinha de andar para vir à festa. Não querendo esperar, apanhou um Táxi. Pelo sacrifício (€) e vontade de chegar o mais rapidamente à minha festa *****

UCRÂNIA (Larissa): bolo. Também não chamou muito a atenção, ficando quase todo no prato. Mas leva na mesma **** pois trouxe para a festa o marido e o filhote

FRANÇA (Tomas): crepes, claro! Bons e que marcharam rapidamente! Mas pelo trabalho que teve, principalmente, leva *****

Umas 20 pessoas num espaço de 30 m2. A festa durou até às 2h00m.

Para mim e para os meus colegas das aulas de alemão foi a primeira oportunidade que tivemos de treinar a sério a língua deste país. Alguns de nós não falam inglês e fizemos um acordo: hoje falaremos apenas alemão.
No fim, já pelas 23h, de um grupo de 10 pessoas apenas uma não percebia português. E sentiu-se a reviravolta: o português, sem nos apercebermos, invadia a nossa sala. É sempre bom podermos comunicar na nossa língua...
E com a M. tenho essa hipótese, mesmo sendo alemã. Fez Erasmus em Portugal onde aprendeu português. Fala muito bem e por vezes até me esqueço que não estou a falar com uma portuguesa, pois da boca dela saem expressões do género: “Mas que porra!”, “Ana, diz-me uma coisa,...”, “Opá, então não é que o gajo disse que....”.

Minha gente, espero que tenham gostado da minha festa como eu gostei ;p

2 comentários:

  1. Então muitos Parabéns e Felicidades!!!

    Beijinhos

    P.S. Gostaste mesmo da Kartoffel Salat?! De todas as maneiras que os Suíços (e os Alemães do sul) têm, essa é a única que eu não gosto!

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  2. Obrigadinha...
    Aqui, para além de aprender a gostar dessas saladas de batata, aprendi a mudar hábitos alimentares, para melhor, na minha opinião. Não quer dizer que os alemães comam saudavelmente, porque não comem. Mas a verdade é que eu em Portugal comia que nem... Uma "cavalita" :) E aqui, devido principalmente a horários diferentes, já me deixei disso.

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